Doença Mental é . . .

A Doença mental engloba um conjunto de sintomas que alteram  a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta.  Tem impacto no funcionamento, que se pode traduzir na dificuldade em lidar com diferentes aspetos do quotidiano. Existe na maioria das vezes sofrimento associado.
Importa destacar a definição de Deficiência mental, uma vez que é frequentemente confundida com Doença Mental. A deficiência mental pressupõe um défice intelectual que condiciona as aprendizagens, competências académicas, sociais entre outras.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) a Saúde Mental "é um estado de completo bem-estar físico, mental e social."
 
 
Intervenção

O tratamento e acompanhamento adequado favorece a recuperação e o funcionamento, bem como as condições para se ter uma melhor qualidade de vida.

O tratamento pode envolver a medicação e uma intervenção psicossocial,  isto é, psicoterapia, grupos de auto-ajuda, suporte familiar e social. Na maioria dos casos, o tratamento mais eficaz é a combinação da medicação e da psicoterapia.
A medicação isoladamente pode reduzir os sintomas, mas tem uma ação mais limitada ao nivel da alteração dos padrões de pensamentos, nas emoções negativas e nos comportamentos desadequados.
Com a psicoterapia, a pessoa terá oportunidade de desenvolver uma visão compreensiva da própria doença e definir estratégias para lidar com ela.
Nos grupos de auto-ajuda as pessoas com doença mental, para além de conhecerem pessoas com problemáticas semelhantes, podem através da partilha de experiências pessoais, adquirir novas estratégias que lhe permitam lidar melhor com a experiência de doença mental.
O envolvimento das pessoas significativas é fundamental para facilitar o processo de recuperação e estabilização.
No primeiro estudo epidemiológico realizado em Portugal sobre a doença mental, os resultados revelam-se preocupantes. Em comparação com os restantes países europeus, Portugal apresenta um número mais elevado de pessoas com perturbações psiquiátricas: 22,9 %.

Segundo Caldas de Almeida  coordenador do estudo português, surgem com maior frequência as perturbações de ansiedade (16,5%),  seguindo-se as perturbações depressivas (7,9%);  as perturbações de controlo dos impulsos (3,5%) e as perturbações relacionadas com o álcool (1,6%).
Verifica-se uma maior incidência nas mulheres e nos jovens entre os 18 e os 24 anos.

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