Da História à Atualidade

O encerramento dos hospitais psiquiátricos iniciou nos anos 50 e 60 nos Estados Unidos da América. Esta ideia baseou-se na ideia de que o tratamento e reabilitação deveriam ser prestados na comunidade, ao invés de serem feitos em instituições/hospitais psiquiátricos. Verificou-se que as pessoas com doença mental apresentavam melhores taxas de recuperação quando se encontravam no seu contexto natural.

As primeiras dificuldades surgiram, precisamente, na falta de estruturas organizadas dentro das comunidades. Não tinham como dar resposta no que respeitava as condições básicas de sobrevivência nem no tratamento e acompanhamento clínico.
Presenciava-se a urgência de restruturar os apoios socioeconómicos para facilitar o acesso ao emprego, educação, habitação, transportes e cuidados médicos.

As pessoas da comunidade também necessitavam de uma intervenção específica nos sistemas de saúde pública, educação, justiça e nos contextos sociais. A intervenção teria o objetivo de reduzir o estigma e a discriminação contra as pessoas com doença mental.

Desde então até à atualidade, esforços foram feitos para combater essas lacunas. Apesar de se presenciar melhorias, muito trabalho precisa ser feito para que exista uma inserção adequada das pessoas com doença mental na comunidade. 
Os mitos associados à doença mental fomentam o estigma e dificultam a inserção destas pessoas na comunidade. Eles estão relacionados com a incurabilidade, perigosidade, incapacidade e com a perda de direitos sendo que são negados, em alguns sistemas legais, os direitos civis.

Com isto, a doença mental é, muitas vezes, representada de forma irrealista pois as pessoas são vistas a partir da doença ao invés de serem contextualizadas segundo a própria história de vida, personalidade, áreas profissional e social, as aspirações de vida entre outros.
Esta distorção e escassez de informação acerca da doença mental pode causar, por um lado, o aumento de estigma e discriminação reduzindo, dessa forma o suporte social e, por outro lado, a tentativa desse mesmo grupo esconder as problemáticas pelo receio de perderem valor dentro dos diferentes contextos.

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